A Associação de Praças da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (Aspramece) manifesta suas sinceras condolências aos familiares dos reféns que faleceram na madrugada da última sexta-feira, 7, em decorrência de uma intensa troca de tiros de policiais contra bandidos que tentaram assaltar duas agências bancárias da cidade de Milagres, na Região do Cariri do Ceará.
Ainda sobre a operação, a entidade discorda com as críticas veiculadas pela imprensa aos policiais, e repudia em especial as declarações feitas pelo procurador-geral de Justiça do Ceará, Plácido Rios, que criticou e questionou “por que os protocolos policiais para casos com reféns não foram seguidos”. Isto é, na opinião de Rios, houve falta de protocolo na operação. O que o procurador-geral não se atentou, é que os policiais empregados na operação pertencem ao Grupo de Ações Táticas Operacionais (Gate), unidade de excelência e referência em ação policial em todo o Estado. Se a operação foi um “fracasso”, como o procurador-geral afirmou, então, onde está o Centro de Apoio Operacional Criminal (Caocrim) para fiscalizar os protocolos, acompanhar os procedimentos dos policiais, seu modus operandi, neste caso? Uma vez que a “área de atuação do Caocrim perpassa por todas searas de abrangência criminal, a saber: (…) do Controle Externo da Atividade Policial e da criminalidade (…)”, como descrito no site do MPCE.
Quanto aos famosos “especialistas”, que ficam detrás de uma tela julgando os policiais envolvidos na operação, sem a investigação estar concluída, lembramos que estes profissionais são os mesmo que diariamente confrontam o crime nas ruas para proteger o cidadão de bem da bandidagem que só aumenta no Ceará. Dentro da viatura, o mundo é diferente e, naquela madrugada, eram cerca de 20 bandidos com fuzis na mão apontados para os policiais. O comandante da equipe tinha como missão confrontá-los de modo a não colocar em risco sua vida e a dos demais colegas de profissão. Esse poder de decisão do comandante é sujeito a erros e acertos, por isso devemos ter em mente que, acima de tudo, o policial militar é humano. E não duvidem do sentimento de desespero que estes policiais sentiram ao saber que mataram inocentes. Os policiais estão sofrendo, a ocorrência mexeu negativamente com a autoestima deles e a unidade do Batalhão de Choque da PM do Ceará empregada na operação está desolada.
A Aspramece presta apoio irrestrito aos policiais militares que participaram da ocorrência na cidade de Milagres, no Cariri, durante a madrugada da última sexta-feira, 7. A entidade e seu respectivo setor jurídico está de portas abertas para receber os 12 policiais militares envolvidos na ocorrência.